DISCUSSÃO: Redação


Eu já pensava em falar acerca desse assunto antes dele ser tratado por aqui. Ouve uma comoção geral em relação à redação desse ano. Não há motivo para queixas, tirando o tema do ano passado, que foi o da 'Lei Seca', todos os outros antecedentes a esse foram, de fato, muito mais complexos que a Publicidade Infantil. Escrever sobre o movimento de imigração no Brasil, proteção de dados pessoais ou sobre a dignidade humana requer muito mais conhecimento e argumentos. O tema desse ano quase que obrigava,  implicitamente, a concordar com a ação da Conanda, e para até quem não tinha nenhum tipo de instrução sobre isso conseguiria fazer uma dissertação, no mínimo, satisfatória.

Há quem diga que para ter uma a nota máxima em uma redação é necessário criar algo exemplar, digno de ser comparado a algo cunhado por Paulo Coelho ou até que é preciso escrever o que os professores que corrigirão a redação querem ler.
Não!
Não pense dessa forma imbecil. O essencial é: apresentar de forma clara e objetiva a sua opinião a respeito de um tema e a proposta de intervenção, e o mais essencial ainda: que todas as partes do texto se relacionem e formem uma lógica coerente, de maneira que nenhum argumento de oponha a outro. Usar todo o repertório vocabular, ainda que escasso, para escrever um SIMPLES texto. 
E o que é lamentável, ouve quem ainda escrevesse sobre 'crianças usadas em um propagandas', mostrando uma total incompreensão do tema e dos textos motivadores, essa incompetência espelha a educação desse país.
Eu, que estou cursando Letras, participei do ENEM com o intuito de me testar e porquê, afinal, o conhecimento nunca é demais. E, em redações, eu sempre consigo notas entre 700 e 900.  Não tive problemas para encontrar argumentos lógicos, como a inocência das crianças e o consumismo. 
Segue: 


Consumismo Infantil

" Em nossa sociedade atual o consumismo e o materialismo encontra-se cada vez mais presente. Não só para pessoas que sabem discernir o que é necessário e o que é supérfluo: mas também para as crianças. Serão elas capazes de saber que por trás de uma propaganda, ilustrando um produto de seu desenho preferido, há interesses de empresas?
 Toda propaganda tem um teor apelativo, seja ou não direcionada às crianças. Sendo assim, cabe ao consumidor decidir se o produto apresentado lhe é realmente útil. E a criança criança, leiga em tais assuntos, não saberá o porquê de querer adquiri-lo. São elas facilmente convencidas de que o produto é útil, e que é preciso adquiri-lo. No Brasil não vigoram leis que impeçam o caráter apelativo, que é desmedido, em publicidades infantis.
 Essa atual conjuntura pede mais que uma resolução proposta pelo Conanda, pede uma proibição nacional de quaisquer propagandas direcionadas ao público infantil, e uma educação, de maneira lúdica, em pré-escolas, para explanar acerca do consumismo exacerbado que é causado pelas publicidades, que são gaiolas ideológicas para o aprisionamento de passarinhos incautos - que são as nossas inocentes crianças."

Como é de perceber-se, a minha redação trata de quase todos os assuntos já pontuados pelo joaquim. Fui esquerdista ao extremo, nada mais sensato que defender o prole do Brasil. *cliche*
A redação. Ela não é um monstro de sete cabeças.

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