Há aproximadamente 5 anos atrás, se me lembro bem, eu tinha achado, por coincidência, algo muito interessante de se ler, que muito me inspirou em fazer bullying com meus amigos de escola. Mas não aquele bullying que serve para constranger, mas sim aquele bullying sadio, reciproco, que não tem outro fim se não o de fazer seu amigo de babaca. Vi que tinha como título "Guia de Respostas para a Geração Pikachu ", achei que tinha algo a ver com o "Guia do Mochileiro das Galaxias" do qual eu gosto muito. Não tinha nada a ver com o livro de Douglas Adans, mas era tão engraçado quanto. Por uma questão lógica notei que o texto não falava nada sobre Pokémon, anime que acompanhava assiduamente na época. Mas sim de "brincadeiras" de pessoas das quais são imaturas o bastante para perceberem que essas brincadeiras não tem graça nenhuma quando a se faz por alguém que tem quase 18 anos nas costas. Tenho que admitir, achei muito mais graça deste texto quando eu o li há anos atrás. Voltando ao foco, percebi a logica do título do texto. Percebi que a "Geração Pikachu" se referia ao ano 2002, época de sucesso de pokémon aqui neste país. Momentaneamente me achei um gênio por perceber essa relação. Ano 2002. Possivelmente poucas pessoas, ou ninguém, podê desfrutar deste produto da guerra do Vietnã com 52 kbps, quando muito. Mas mesmo assim, tinham pessoas que escreviam porcarias que ninguém lia. Que é o caso do Odisseu Kapyn, que foi quem escreveu o "Guia de Respostas para a Geração Pikachu".
Ontem, reencontrei o texto na internet. Re-li. Repito, não "re-ri" tanto como na ultima vez quando o li. Mas achei que seria de grande valia compartinhar ele com vocês, que talvez irão gostar, ou talvez irão achar um grande produto da defecação e se perguntar o porque de eu postar algo que não tem nada haver com o assunto do blog. Se você ler o texto e, por acaso, simpatizar com a ultima alternativa já adianto: FODA-SE.
Vejam as troças:
Se você, leitor menor de idade, ainda está nessa terrível fase em que pode ser vítima de perguntinhas idiotas, não se aflija. Preparamos para você um manual básico para se safar das brincadeiras dos amiguinhos metidos a engraçados. De agora em diante, sua vida vai mudar para melhor. Ninguém mais vai te fazer de otário e todos vão te achar um ser sábio e cheio de potencial. É só seguir as instruções diante das perguntas abaixo e garantir um futuro cheio de glórias.
Quantas vezes você se pega pensando em quanto sofrimento poderia ter evitado se soubesse o que fazer na hora certa? Desde seu nascimento, as coisas poderiam ter sido muito melhores se você já soubesse como agir nos momentos de dúvida. Quando você saiu da barriga da sua mãe, poderia ter evitado ir para aquela palmada do médico se fizesse um sinal de que estava tudo bem, fazendo um sinal de O.K. com seu polegar. Quando bebê, poderia ter evitado aquele constrangimento de ficar com a fralda toda suja se tivessem te falado que era só tirar a roupa e engatinhar até o jornal do cachorro e se aliviar ali mesmo, já que você não alcançava ainda o vaso sanitário. Quando estava entrando na adolescência, poderia ter evitado a sensação de impotência diante da gargalhada de um colega seu que conseguiu a resposta que tanto queria ao lhe perguntar se você conhecia o Sunda. E não foi só o Sunda. Na semana seguinte, teve o Locha. E um mês depois, quando você já se achava esperto, teve o Mário, aquele que te carcou num lugar que você nem sabia que era possível ser usado para sacanagem. Se você, leitor menor de idade, ainda está nessa terrível fase em que pode ser vítima de perguntinhas idiotas, não se aflija. Preparamos para você um manual básico para se safar das brincadeiras dos amiguinhos metidos a engraçados. De agora em diante, sua vida vai mudar para melhor. Ninguém mais vai te fazer de otário e todos vão te achar um ser sábio e cheio de potencial. É só seguir as instruções diante das perguntas abaixo e garantir um futuro cheio de glórias:
O que a baleia faz no teu cu?
Essa é uma das mais velhas brincadeiras e já está caindo em desuso. Mas tem sempre alguém disposto a usá-la. O primeiro impulso é responder "Nada!". É isso que seu colega quer que você diga. Com essa resposta você estará dizendo que é homossexual, pois tem um grande ânus onde até uma baleia pode nadar. O melhor a ser dito é "Fica de fora". Aproveite que seu colega ficou surpreso com sua malandragem e pergunte a ele "Aliás, você tem pentelho no cu?". Se ele disser que tem, diga a ele "Fui eu que plantei". Se ele disser que não, diga "Fui eu que tirei". Você já não será mais visto como o mais idiota da turma.
Que time é teu?
O adversário quer que você diga o nome de um time. Quando você responder "Flamengo" (ou qualquer time inferior), ele vai rir e dizer para todo mundo que o time inteiro do Flamengo "te meteu". Conseguiu entender a relação entre "time é teu" e "te meteu"? Sim, a pronúncia deixa tudo muito confuso. Mas há uma saída. Basta você responder "Bateu na trave entrou no teu". Normalmente, os outros colegas que estão por perto e ouvem isso chegam a urrar para saudar a inteligência da resposta. Agora você terá direito de bater no garoto mais bobo do grupo.
Você está num navio com seu cachorrinho chamado Nabunda. O barco afunda. Você leva Nabunda ou deixa Nabunda?
Aqui, seu colega acha que te encurralou bonito. Não há escapatória! Você vai acabar dizendo que leva ou deixa na bunda. No momento de angústia, você pode até dizer que "leva Nabunda" pensando que levar é melhor que deixar, já que quem deixa está gostando. Mas calma, aí! Há um jeito de sair por cima! A resposta certa é "Nabunda nada". Diga essa frase com calma, explicando que o cachorro é inteligente e sabe nadar. O resto da turma vai ter certeza de que você é o cara mais esperto entre eles e você terá, automaticamente, autorização para pegar a irmã de qualquer um deles.
E qual é o aumentativo de dacueba?
Se liga, rapaz! A palavra "dacueba" não existe em dicionário nenhum. Trata-se apenas de um jeito sórdido de tentar você falar "dacuebão", que soaria como "dar cú é bom". Assim que você falar isso, todas as outras resposta inteligentes que você deu antes irão por água abaixo. Mas, calma. Tudo vai dar certo. O primeiro método de evitar o golpe é dizer "dacuebaço". Mas existe ainda um contra-golpe. Ao ouvir o desafio, faça uma cara confusa e murmure algo propositalmente incompreensível, e num tom de voz abaixo do audível. Algo como "toviassu". Quando seu oponente perguntar "o quê?", diga em alto e bom tom: "Todo viado é surdo!''. Será a glória. Seu prestígio entre a galera está cada vez mais sólido. Seus amigos sempre vão te escolher entre os primeiros na hora de formar um time para jogar uma pelada. Jamais vai ser barrado no primeiro jogo, para fazer a de fora. E mesmo quando você jogar mal, ninguém vai te dar esporro.
Obs.: Esse processo serve também para o caso do "pirueba" e suas variações.
Meu pai está pensando em fazer um churrasco. Com 30 quilos de carne dá pra 20 comer?
Cuidado! Esta é perigosa ao extremo. O malandro à sua frente quer que você pense "Se cada pessoa come menos de um quilo de carne, 30 quilos são o bastante para 20 comerem". Aí você responde "sim" e vira um otário. Na verdade, ele está perguntando "Com 30 quilos de carne dá para vim te comer?" Sim, há um erro gramatical nessa frase, pois o certo seria "vir te comer". Mas ninguém vai ligar para isso quando você disser "dá, sim!". Então jamais diga isso, nem acene a cabeça que sim. Diga "Acho que não. Mas também não sou bom de contas. Como você, certo?" O cara vai ficar confuso e vai acabar dizendo "certo". Nesse caso, foi você que o fez de trouxa. Perceba que sua última frase pode ser interpretada como "Eu como você, certo?". Se seus colegas não perceberem, chame a atenção para o fato. Você é quem manda agora. Quando aquela gordinha que todos seus vizinhos pegaram aparecer grávida, todos vão livrar sua cara. Mesmo que pelos cálculos você seja o mais suspeito de ser o pai da criança, seus amigos vão dizer que o filho pode ser de qualquer um deles, menos seu.
Você chegou há pouco de fora?
Outra pegadinha fonética. Não se engane ao ouvir isso assim que tiver chegado a uma festa. O inimigo não quer saber se você acabou de chegar da rua. Ele está perguntando mesmo é se "você chegou a pôr o cú de fora?". Também temos um jeito para te livrar desta. Primeiro responda "Não", de um jeito bem surpreso, como se fosse impossível essa hipótese. Depois pergunte "Você está louco hoje?". Se você, não percebeu, você está perguntando se ele "estalou o cú hoje". Ele vai ser pego desprevenido e vai pensar por instantes em como responder a esse truque. Na verdade, não há como ele se enrolar, pois ele jamais responderia "estalei". Mas a coisa é tão simples que ele vai suspeitar que a resposta mais óbvia seja um jeito de ser sacaneado. Aproveite os breves segundos de indecisão e diga algo como "não lembra mais, né?''. É bobo, mas nesse ponto o cara já está fragilizado por você não ter caído na gracinha dele e o resto da galera vai aproveitar e sacaneá-lo também. Afinal, você já se tornou o cara mais maneiro do grupo. Você já não paga nenhuma cerveja que bebe com os amigos, pois ninguém acha justo te cobrar a dívida.
Qual o nome do carro do Speedy Racer?
Este pode ser um teste de fogo. Speedy Racer é um desenho japonês antigo, que fez muito sucesso e foi recentemente reprisado na TV aberta em algum horário obscuro. Se alguém lhe fez esta pergunta, é porque sabe que você é ligado em televisão e em suas navegadas pela intenet ou assistindo a programas de tarde na TV já ficou sabendo o nome do carro. A tentação de provar seu conhecimento vai ser enorme, mas jamais, jamais mesmo, responda "Match 5". O nome do carro de Speedy Racer é a senha para o seu rival dizer "Mete cinco? Então toma!" e enfiar cinco dedos entre suas nádegas. Além da desagradável sensação (ainda mais se você estiver usando calça de moletón), você voltará a ser o mais mané da turma, pois todo seu currículo não resistirá a um tropeço duplo. Você terá sido agredido no plano das palavras e no plano físico. Há uma forma de tentar sair por cima dessa. É uma manobra difícil e vai depender de seu talento performático. Diga "Não sei. Era Trovão Azul?". Estamos supondo que como o cara sabe o nome do carro do Speedy Racer, também é um aficionado pelo gênero. Dizer que não sabe o nome do veículo do ás do volante e ainda confundir com o nome do helicóptero de outro seriado de TV vai tirar o sujeito do sério. Ele vai abrir a guarda e exclamar: "Não! Match 5!''. Nesse momento diga "O quê? Meter cinco? É pra já!" e rapidamente insira seus dedos na direção do orifício anal do rapaz. A humilhação será dantesca e ele nunca mais se atreverá a tentar lhe passar a perna. Não é necessário dizer que você é agora o maior herói de todos seus amigos. Você não precisa mais fazer faculdade. Deixe que todos seus colegas estudem, tirem diploma, montem seus escritórios ou suas próprias empresas. Eles com certeza vão te chamar para ser seu "homem de confiança", o "seu braço direito''. Vão achar que um homem como você não precisa de estudos e que aliás você era muito inteligente para se sujeitar ao esquema retrógrado que rege as faculdades. E aí seus velhos amigos vão brigar para te ter como assessor. Escolha o camarada que lhe oferecer o melhor salário e a secretária mais gostosa.
Odisseu Kapyn
Publicado originalmente em novembro de 2002.
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Esse post é pra ser levado pra vida toda.
ResponderExcluirEsse manual ta mais pra "Como sobreviver ao primeiro ano do Ensino Médio"
ResponderExcluirNobel da Paz pra esse documento divino