Mundo de Masashi Kishimoto #2 - Grandes Amigos

 Mas antes uma pequena aulinha de irônia...
"[...] Resolvi trazer uma nova coluna sobre a vida de um mangáka nada famoso (aqui eu quis dizer que ele é famoso pra caranho),  que não sabe desenhar nada (e aqui eu quis dizer que ele desenha pra caralho) e acredita, ele nunca desenhou na vida (#oescravodosdesenhos)? É o tal do Kishimoto, alguém conhece? ele é o criador daquele anime lá o... qual mesmo o nome...  (preciso explicar esse aqui?) ha... um Slowpoke usou o aminé... qual mesmo o nome do golpe... bem não vamos sair do foco..."

Mundo de Masashi Kishimoto #2 - Grandes Amigos

"Um mangaká não costuma sair muito porque tem que entregar trabalho toda semana e, bom, precisa pôr comida na mesa. Por causa disso, recuso convites de vários amigos - e isso leva a se afastarem cada vez mais, até que só restam os assistiemtes (que também são meus amigos).
O trabalho faz com que eu fique sozinho por quatro dias na semana (montando paginas). Diferente do trabalho de arte-final, a concepção não sai do lugar se o autor não tiver boas ideias. Se conseguir elaborar um layout interessante, posso gastar três dias com a criação da arte; caso contrário, acabo levando uns seis dias para monta-lo. O que quer dizer que só vou ter um dia pra finalizar.
Quando isso acontece, meus assistentes me dão a maior força. Mas, mesmo assim, como eu tenho que fazer os esboços, não sobra tempo pra mias nada. O segredo pra produção acelerar é passar a arte-final. Porém, como só temos uma pessoa com o estilo do traço semelhante ao meu, a arte-final acaba sendo feita só por duas pessoas.
Justamente quando não temos tempo é que o Naruto abusa do jutsu clone das sombras. Há uma cena das paginas 64 e 65, do volume 23, em que Naruto cria vários clones. Fizemos arte-final "em duas mãos". Como estávamos na véspera de fechamento, viramos a noite toda. Assim que essa pagina terminou, meu assistente capotou. Mais ainda havia outras paginas a serem feitas.
O pobre do meu assistente só ia poder cochilar um pouco... Eu pedi desculpas: "Sinto muito por fazer você passar por isso".
Tento deixar o ambiente de trabalho mais alegre pensando em coisas que possam surpreendê-los. A surpressa que pensei na hora foi copiar aquelas paginas e jogar um frasco de tinta nas cópias. Ia parecer que todo o trabalho foi perdido por acidente.
Eu tomei cuidado para simular certinho o "acidente fatal". Quando o meu assistente acordou e olhou a página, a primeira coisa que saiu da boca dele foi: "HÃ?!".

Ele fez uma cara... Tipo assim

Aí eu disse: "Há, há há! Se assustou? Foi uma brincadeira!" O tiro que dei acabou saindo pela culatra.
Meus assistentes são os poucos amigos que me restam. Devo cuidar bem deles."

Masashi Kishimoto
E assim o fim dessa coluna... Por enquanto...